Julho chegou e com ele “Julho Amarelo” onde falamos da luta contra as Hepatites Virais.🎗
As hepatites são inflamações do fígado, um dos principais órgãos do corpo, responsável pelo armazenamento, pela liberação, pela síntese e pela metabolização de diversas substâncias.
Essa doença é causada, na maioria das vezes, por uma infecção viral — embora também possa ser acarretada pelo uso abusivo de substâncias tóxicas (álcool, medicamentos e drogas), doenças genéticas ou autoimunes.
O maior problema das hepatites virais e que deixam as autoridades brasileiras da saúde em alerta, é que os seus sintomas costumam ser bem silenciosos, muitas vezes passando despercebidos até que surja uma complicação da doença. Por isso a importância de falarmos sobre os perigos dessa doença, sobre a realização de testes e prevenções.
Existem 5 tipos de Hepatites Virais: A, B, C, D e E. Vamos entender cada um delas:
Chamada de “hepatite infecciosa”, essa doença é causada pelo vírus VHA e a sua transmissão ocorre por via fecal-oral através de alimentos e água contaminadas, na maioria das vezes por conta da falta de tratamento de esgoto. Os sintomas aparecem em casos isolados, mas quando aparecem, a pessoa infectada pode apresentar cansaço, febre, enjoo, tontura, dor abdominal, alteração na coloração da urina e das fezes e aspecto amarelado na pele.
O tratamento ocorre de acordo com o quadro, mas basicamente o paciente toma uma medicação prescrita para controlar os sintomas, a desidratação e, em casos graves, como quando ocorre insuficiência hepática aguda, a hospitalização.
A melhor forma de prevenir esse tipo de hepatite é o saneamento básico. Além disso, hábitos diários de higiene e evitar proximidade de locais com o esgoto a céu aberto.
Essa hepatite é provocada pelo vírus HBV e é transmitida por meio de fluídos corporais, ou seja, pode ser transmitido através de compartilhamento de objetos pessoas infectados e relações sexuais sem proteção. A hepatite B também pode ser passada de mãe para filho durante a gestação, caso a mãe esteja contaminada.
Dentre os sintomas que aparecem após 6 meses de infecção, estão o amarelamento da pele e da esclera, febre, enjoo, urina escura, fezes claras, dores no corpo, entre outros.
O tratamento ocorre através de medicamentos que impedem o agravamento do quadro e também a recomendação da suspensão do consumo de álcool.
Os métodos de prevenção mais eficazes são através do uso de preservativos e o não compartilhamento de itens pessoais como e escova de dentes, alicate de unha, lâmina de barbear, entre outros. Além claro, da vacina disponibilizada pelo SUS.
Basicamente a Hepatite C é bem semelhante à Hepatite B, tanto na forma de transmissão quanto no tratamento. Se não tratada de forma correta, pode evoluir para cirrose hepática ou câncer de fígado.
Embora não exista uma vacina contra a hepatite C, como nos casos anteriores, é possível preveni-la evitando o contato sem proteção com pessoas e objetos que podem estar contaminados.
A hepatite D também se assemelha à de tipo B, isso porque essa infecção parte da associação do vírus da hepatite D com o vírus da hepatite B, podendo haver contaminação simultânea ou não.
Para a prevenção, evitar contato com objetos infectados, além disso adotar medidas de proteção, como vacina contra o vírus VHB, uso de preservativos e pré-natal para mulheres gestantes.
Esse tipo de hepatite é mais comum no continente africano e asiático, sendo raro aqui no Brasil. A sua transmissão ocorre por meio por meio fecal-oral, então a prevenção vem dos mesmos métodos da Hepatite A, através saneamento básico adequado, adotando hábitos de higiene como lavar as mãos sempre após ir ao banheiro, durante a preparação de refeições e ao chegar em casa.
Essa hepatite viral também não tem um tratamento específico. Por isso, é recomendada a suspensão do uso de bebidas alcoólicas, dieta com poucos alimentos gordurosos e repouso.
As hepatites virais são doenças graves e silenciosas, e a melhor forma de evitar é se informar e adotar todas as formas de prevenção. Cuide da sua saúde e compartilhe essas informações. Informação e prevenção pode salvar vidas.